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Todos os livros já selecionados para os debates do CLS, a partir do mais recente até o mais antigo.

OBS: Salvo indicação contrária, as imagens de capas, sinopses e apresentações de obras utilizadas neste site são as disponibilizadas nas edições impressas das próprias obras e/ou nos sites das editoras ou grupos editoriais detentores dos direitos de publicação e comercialização dos títulos em território brasileiro.

4.25
Média: 4.25 (4 votos)

A jovem Anita Delgado era bailarina na Espanha, no início do século XX, quando um marajá indiano se apaixonou por ela, lhe deu um palácio e a transformou em princesa – mas não em sua única mulher. Depois de chegar à cidade de Kapurthala sobre um elefante luxuosamente adornado, a nova princesa descobriu que aquele aparente conto de fadas não transcorreria sem o inevitável choque cultural entre dois mundos que se mostravam mais diferentes do que ela imaginava.

As outras mulheres do marajá e seus súditos viam em Anita uma ameaça à tradição hindu, e a jovem, apesar de cercada de conforto e riqueza, vivia na mais completa solidão. Determinada, porém, ela se manteve no lugar que acreditava ser o seu – até seu coração começar a bater de maneira diferente.

3.833335
Média: 3.83 (6 votos)
Primeiro romance de Mia Couto, Terra Sonâmbula é uma verdadeira aula sobre a velha arte de contar histórias.

No Moçambique pós-independência, mergulhado em uma devastadora guerra civil, um velho e um menino empreendem uma viagem recheada de fantasias míticas. Um ônibus incendiado em uma estrada poeirenta serve de abrigo ao velho Tuahir e ao menino Muidinga, em fuga da guerra civil devastadora que grassa por toda parte em Moçambique. Como se sabe, depois de dez anos de guerra anticolonial (1965-75), o país do sudeste africano viu-se às voltas com um longo e sangrento conflito interno que se estendeu de 1976 a 1992.

2.4
Média: 2.40 (5 votos)

Quando Tchékhov, então um jovem médico, partiu para a ilha de Sacalina em Abril de 1890, ninguém compreendeu as suas motivações. Ele próprio, incapaz de se explicar, falou de 'mania sacalina'. Nabokov fez-se eco dessa perplexidade - Normalmente, os críticos que escrevem sobre Tchékhov repetem que acham de todo incompreensível o facto de, em 1890, o escritor ter empreendido uma viagem perigosa e fatigante à ilha de Sacalina para estudar a vida dos condenados aos trabalhos forçados. Trata-se, de qualquer modo, do episódio mais estranho da vida de Tchékhov. Tendo decidido investigar aquele lugar maldito, pôs-se a caminho, em condições mais do que precárias. Decidira não se apresentar como jornalista e não possuía qualquer carta de recomendação ou documento oficial.

4
Média: 4.00 (6 votos)

Gógol Ganguli tem nome russo, sobrenome indiano e um espírito dividido entre diferentes modos de vida. É com esses elementos, transformados por uma prosa tão delicada quanto profunda, que Jhumpa Lahiri comprova em seu primeiro romance as qualidades que lhe renderam o prestigiado prêmio Pulitzer por seu livro de estreia, a coletânea de contos Intérprete de males. Uma das mais importantes vozes da literatura em língua inglesa, a autora foi convidada da Flip em 2014. O protagonista de O xará, Gógol, sente-se perdido entre duas culturas: a dos Estados Unidos, onde nasceu e vive, e a que veio da Índia e nos corações de seus pais, imigrantes em busca de oportunidades em território americano.

1.75
Média: 1.75 (4 votos)

O enigma de Qaf é um romance de aventura, saga de um poeta-herói em busca de um poema, “Qafiya al-Qaf”, o oitavo poema suspenso. Construída a partir de três linhas narrativas — a história do protagonista, as narrativas secundárias, quase um duplo da primária, e as lendas de heróis árabes —, a trama reconstitui (ou inventa) o universo mágico de toda a mitologia pré-islâmica, no mesmo passo que recupera em português a vocação poética da língua árabe.

4
Média: 4.00 (6 votos)

Considerado por muitos críticos e estudiosos como a maior realização do romance ocidental, Madame Bovary trata da desesperança e do desespero de uma mulher que, sonhadora, se vê presa em um casamento insípido, com um marido de personalidade fraca, em uma cidade do interior. Publicado originalmente em capítulos de jornal, em 1856, o romance mostra o crescente declínio da vida - interna e externa - de Emma Bovary, que figura na literatura ocidental no mesmo degrau que Dom Quixote, o personagem de Cervantes. Ambos não se conformam com a realidade em que vivem e tanto o cavaleiro da triste figura quanto a desolada dona-de-casa oscilam entre o status de herói e de anti-herói.

3.714285
Média: 3.71 (7 votos)
Reconhecido como a obra máxima de Voltaire, Cândido, ou o Otimismo investe no deboche para satirizar a tolice dos filósofos e a petulância dos poderosos.

Até ser expulso de um lindo castelo na Westfália, o jovem Cândido convivia com sua amada, a bela Cunegunda, e tinha a felicidade de ouvir diariamente os ensinamentos de mestre Pangloss, para quem “todos os acontecimentos estão encadeados no melhor dos mundos possíveis”.

Apesar da crença absoluta na doutrina panglossiana, do primeiro ao último capítulo, Cândido sofre um sem-fim de desgraças: é expulso do castelo; perde seu amor; é torturado por búlgaros; sobrevive a um naufrágio para em seguida quase perecer em um terremoto; vê seu querido mestre ser enforcado em um auto da fé; é roubado e enganado sucessivas vezes.

4.285715
Média: 4.29 (7 votos)

Sira Quiroga é uma jovem costureira que, na Madri dos anos 1930, se apaixona por Ramiro. Ainda que mal o conheça, decide deixar o país por aquele novo amor. Mas o destino lhe reserva uma série de surpresas, a começar pelo desaparecimento de Ramiro pouco depois de chegarem ao Marrocos. A partir daí a jovem se converte, quase sem se dar conta, numa peça-chave na luta contra o fascismo europeu da ditatura franquista em sua Espanha natal ao nazismo na Alemanha.

3.5
Média: 3.50 (6 votos)

Se um viajante numa noite de inverno foi escrito em 1979, é o décimo livro publicado do autor e logo que foi lançado recebeu grandes elogios da crítica porque o seu romance conseguiu ir muito além do esperado, pois no livro há muitas histórias dentro de outras histórias e personagens curiosos, como se a expressão, tão batida, “quando o leitor entra dentro do livro”, fosse levada para um lugar conhecido, mas sempre original quando bem feito: a metaliteratura. (Livro e café)

4.2
Média: 4.20 (5 votos)
Escrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953, Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra.

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