“... duas pessoas que estavam cara a cara e que aprendiam a se conhecer. E começava uma longa abordagem amorosa que reivindicava tempo, paciência e o prazer de uma sublime gradação feita de espertezas e descaminhos. Conversar era a arte de ser feliz junto. Era passear sem saber aonde levavam os caminhos. E essa era a época em que falar e escrever eram uma coisa só. Esse novo modo de vida o Imperador também queria para si. E, conversando, Luísa sabia ser maliciosa, indulgente e educativa ao mesmo tempo. Ela trazia Paris para o Rio de Janeiro. Transportava as Tulherias para São Cristóvão. Tal como descrito nos romances da primeira metade do século XIX, o encontro entre a condessa e o Imperador não foi uma paixão fulminante, e sim um reconhecimento.