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Média: 4.00 (8 votos)

Um romance singular inspirado por fatos reais: uma aldeia moçambicana é alvo de ataques mortais de leões. O confronto com as feras leva os personagens a um enfrentamento consigo mesmos, com seus fantasmas e culpas. A situação de crise põe a nu as contradições da comunidade, suas relações de poder, bem como a força, por vezes libertadora, por vezes opressiva, de suas tradições e mitos.

Em 2008, quando Mia Couto participava da expedição de uma equipe de estudos ambientais ao norte de Moçambique, começaram a ocorrer na região ataques de leões a pessoas. Essa experiência inspirou o autor a escrever este romance singular.

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Média: 4.38 (8 votos)

“Caminha-se nas nuvens, ao ler ‘As Filhas sem Nome’, porque o mundo dos camponeses do interior fundo da China da década de 90 nos soa tão puro, tão estranhamente apegado à literalidade das coisas, que é como se a mera ideia de malícia ainda não os tivesse atingido.”
(Noemi Jaffe - Folha Ilustrada)

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Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso.

Assim começa a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. Sem a menor cerimônia, o texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante - o famoso Gregor Samsa - transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana - tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.

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Média: 4.33 (6 votos)

O filho de mil homens narra a história do pescador Crisóstomo, “um homem que chegou aos quarenta anos e assumiu a tristeza de não ter tido um filho”. Com vontade imensa de ser pai, o protagonista conhece o órfão Camilo, que um dia aparece em sua traineira. Ao redor dos dois, outros personagens testemunham a invenção e construção de uma família em vinte capítulos, escritos com rara delicadeza. Mãe, ao falar de uma aldeia rural e dos sonhos anulados de quem vive nela, atravessa temas como solidão, preconceitos, vontades reprimidas, amor e compaixão.

Trecho:

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Média: 3.17 (6 votos)

Prêmio Jabuti de melhor romance, Prêmio Bravo! de livro do ano, Prêmio APCA, Prêmio Portugal-Telecom, entre outros.

Num livro corajoso, Cristovão Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down.

O autor aproveita as questões que apareceram pelo caminho nestes 26 anos de Felipe para reordenar sua própria vida: a experimentação da vida em comunidade quando adolescente, a vida como ilegal na Alemanha para ganhar dinheiro, as dificuldades de escritor com trinta e poucos anos e alguns livros na gaveta, e a pretensa estabilidade com o cargo de professor em universidade pública. 

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Ambientado entre o Oriente e o Amazonas, este relato é a busca de um mundo perdido, que se reconstrói nas falas alternadas das personagens, ecos longínquos da tradição oral dos narradores orientais. Livro de estréia do autor, recebeu o Jabuti 1990 de melhor romance e já foi publicado em vários países da Europa.

Após um longo período de ausência, uma mulher regressa a Manaus, cidade de sua infância. Deseja encontrar Emilie, a extraordinária matriarca de uma família libanesa há muito radicada ali. Encontra a casa desfeita - como desfeitas para sempre estão as casas da infância.

3.8
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Ao publicar A disciplina do amor, em 1980, Lygia Fagundes Telles já era a consagrada autora de três romances e dez coletâneas de contos. Apesar de seu êxito como romancista, muitos críticos tinham apontado a ficção curta como o território de maior maestria da escritora. Agora ela ressurgia experimentando uma escrita mais livre, que despreza as fronteiras entre a ficção e a realidade, a invenção e a memória, o conto e o relato autobiográfico. Estava lançado o desafio à separação rígida dos gêneros literários.

O resultado foi um dos livros mais bem-sucedidos da autora, vencedor do Prêmio Jabuti e do prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), agora em nova edição, revista pela autora.

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Nos anos 50, no bairro aristocrático de Miraflores, em Lima, o jovem Ricardo Somocurcio se apaixona pela estonteante e misteriosa "chilena" Lily. Depois de descobrir que, na verdade, ela é peruana e de origem humilde, ele a perde de vista, mas não consegue esquecê-la.

Ricardo, um intérprete da ONU sem grandes ambições, e Lily, mulher fria e manipuladora que vive mudando de nome e de marido conforme as conveniências, se reencontram ao longo da vida, em diferentes momentos e em várias cidades do mundo. Travessuras da menina má conta esta história de encontros e desencontros através de quatro décadas.

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