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Estranho. Muito estranho. Um dos livros mais enigmáticos que já li.

À medida que ia lendo, vinham-me algumas lembranças, que me pareciam indicar alguma referência. Lembrei do impacto das peças que vi nos anos 60, “Cemitério de automóveis” (Arrabal) e “O Rei da Vela” (Oswald de Andrade). Seria este livro um “teatro do absurdo”?

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Publicado originalmente em 1954, Senhor das Moscas é um dos romances essenciais da literatura mundial.

Adaptado duas vezes para o cinema e traduzido para 35 idiomas, o clássico de William Golding já foi visto como uma alegoria, uma parábola, um tratado político e mesmo uma visão do apocalipse.

Durante a Segunda Guerra Mundial, um avião cai numa ilha deserta, e seus únicos sobreviventes são um grupo de meninos. Liderados por Ralph, eles procuram se organizar enquanto esperam um possível resgate. Mas aos poucos esses garotos aparentemente inocentes transformam a ilha numa visceral disputa pelo poder, e sua selvageria rasga a fina superfície da civilidade.

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Kamal Achur é um professor de matemática tunisiano, que emigrou para a França para terminar os estudos universitários e ficou por lá, lecionando em uma universidade pública. É casado com uma francesa e mora num bairro rico de Paris. Kamal é um imigrante totalmente adaptado à vida francesa e ao país que adotou para viver. Um dia ele conhece Zuhra, uma tunisiana que mora no mesmo prédio e trabalha como empregada doméstica. Aos poucos, uma relação vai se formando entre os dois, que atira Kamal num vórtice emocional e o leva a muitos questionamentos.

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Um livro interessante sob diversos aspectos. Do ponto de vista histórico, as experiências de vida contadas pelos personagens, compõe um quadro das condições de um Libano de Beirute, em particular, bastante realista, trágico, e contraditório.

A narrativa da historia de vida do personagem principal, é uma narrativa objetiva – quando trata dos fatos ocorridos e, ao mesmo poética, quando se refere às relações pessoais e aos sentimentos. 

Há na narrativa um lado quase místico em relação ao tecido, cuja venda seu pai dedicou a vida. Conta das origens, principalmente do veludo e da seda, quando o livro adquire características de contos fantásticos, ao estilo oriental.

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Livro que lançou Annie Ernaux à fama, O lugar, inédito no Brasil, estabelece as bases para o projeto literário que Ernaux levaria adiante por três décadas de consagração crítica e sucesso de público. Nesta autossociobiografia, uma das mais importantes escritoras vivas da França se debruça sobre a vida do próprio pai para esmiuçar relações familiares e de classe, numa mistura entre história pessoal e sociologia que décadas mais tarde serviria de inspiração declarada a expoentes da auto ficção mundial e grandes nomes da literatura francesa como Édouard Louis e Didier Eribon. O resultado é um clássico moderno profundamente humano e original.

(Fonte: Editora Phosphoro) 

 

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Em 1939, quando escreveu este livro, José Lins do Rego já era conhecido como ficcionista e que dava grande destaque ao regionalismo da cultura brasileira.

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Romance de estreia de Ruth Guimarães (1920-2014), uma das primeiras escritoras negras a ganhar destaque na cena literária brasileira, Água funda foi lançado em 1946 ― mesmo ano de Sagarana, de Guimarães Rosa.

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Média: 5.00 (1 voto)

“... duas pessoas que estavam cara a cara e que aprendiam a se conhecer. E começava uma longa abordagem amorosa que reivindicava tempo, paciência e o prazer de uma sublime gradação feita de espertezas e descaminhos. Conversar era a arte de ser feliz junto. Era passear sem saber aonde levavam os caminhos. E essa era a época em que falar e escrever eram uma coisa só. Esse novo modo de vida o Imperador também queria para si. E, conversando, Luísa sabia ser maliciosa, indulgente e educativa ao mesmo tempo. Ela trazia Paris para o Rio de Janeiro. Transportava as Tulherias para São Cristóvão. Tal como descrito nos romances da primeira metade do século XIX, o encontro entre a condessa e o Imperador não foi uma paixão fulminante, e sim um reconhecimento.

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Média: 5.00 (1 voto)

Tristão e Isolda conta a história de amor entre o cavaleiro Tristão, originário da Cornualha, e a princesa irlandesa Isolda (ou Iseu), protagonistas de uma história medieval de amor baseada numa lenda celta.

Seu amor impossível inspirou poetas, escritores, pintores e músicos da Idade Média e dos tempos modernos. Tornou-se, por exemplo, tema de uma das mais famosas óperas de Wagner e deu origem a diversos filmes ― o mais recente, produzido em 2006.

As inúmeras versões que imortalizaram e divulgaram essa história em outros países são o testemunho do fascínio e do encantamento que ela causa até hoje.

Misturando magia, traição e sofrimento, a lenda provoca, comove e inspira.

 

Fonte: Editora Martin Claret

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Média: 5.00 (1 voto)

Rômulo Castelo é um pianista virtuoso e extremamente obcecado pela perfeição. Seu grande objetivo é apresentar ao mundo sua interpretação de Rondeau Fantastique, conhecida como a peça intocável do compositor húngaro Franz Liszt. No entanto, a dedicação que confere à sua busca pela excelência em nada se assemelha ao trato cruel e indiferente com sua família, seus alunos e com todos ao redor. Até que um acidente ocorre, e entre a busca da perfeição e o embate com o real, um destino trágico se impõe. Ele perde a mão direita. Em som e fúria extraordinários, Dor fantasma compõe uma tragédia envolvente que conta a história da derrocada de um sujeito, um romance de metáforas incisivas, feito com zelo e rigor.

 

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Média: 3.00 (1 voto)

Uma história emocionante sobre amor, perda e o poder dos livros. O livreiro parisiense Jean Perdu sabe exatamente que livro cada cliente deve ler para amenizar os sofrimentos da alma. Em seu barco-livraria, ele vende romances como se fossem remédios. Infelizmente, o único sofrimento que não consegue curar é o seu: a desilusão amorosa que o atormenta há 21 anos, desde que a bela Manon partiu enquanto ele dormia. Tudo o que ela deixou foi uma carta — que Perdu não teve coragem de ler. Até que em um determinado verão, tudo muda e Monsieur Perdu abandona a casa e a embarca em uma jornada que o levará ao coração da Provence e de volta ao mundo dos vivos.

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Média: 3.00 (1 voto)

Único livro de poemas em português publicado durante a vida de Fernando Pessoa (1888-1935), “Mensagem” inclui algumas das poesias mais intrigantes de sua autoria. Redigido entre 1913 e 1934 o livro foi lançado em dezembro de 1934 - menos de um ano da morte do poeta.

“Mensagem” é uma homenagem do maior poeta moderno em língua portuguesa à sua pátria, onde, em forma de poema, Pessoa revê a história do seu país, desde o período da mitológica fundação de Lisboa por Ulisses e o mito de Dom Sebastião e o Sebastianismo e o Quinto Império, passando pelo período das navegações, destacando monarcas e figuras da corte, e incentiva seu País a buscar o futuro glorioso que acredita advirá.

4
Média: 4.00 (1 voto)

A volta de Sira, a protagonista inesquecível de "O tempo entre costuras", sucesso internacional de María Dueñas

Em Sira, María Dueñas traz de volta essa personagem que cativou milhões de leitores no mundo, e ela retorna não mais como uma costureira inocente, mas sim com a força inabalável de uma mulher que fará o que for preciso para atingir seus objetivos.

Depois dos horrores da Segunda Guerra, o mundo começa a se reerguer lentamente. Sira, depois de concluir suas funções como colaboradora do Serviço Secreto Britânico, só consegue pensar em uma coisa: paz.

Mas nem tudo é tão simples.

3
Média: 3.00 (1 voto)

Ele ficou conhecido como “O mago do Kremlin”. O enigmático Vadim Baranov foi um produtor de reality shows antes de se tornar uma eminência parda de Vladimir Putin, tratado como o “Czar”.

Após sua demissão como conselheiro político, as lendas sobre ele se multiplicam, sem que ninguém seja capaz de separar o falso do verdadeiro. Até que, uma noite, ele confia a sua história ao narrador deste livro.

Esta história nos conduz ao coração do poder russo, um palco no qual cortesãos e oligarcas travam uma guerra constante. E onde Vadim, que se tornou o principal arquiteto da narrativa do regime, transforma um país inteiro num teatro político, onde a única realidade é a realização dos desejos do Czar.

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Média: 5.00 (1 voto)

Um homem atormentado por seu passado. Uma mulher diante da escolha mais terrível de sua vida.

Em 1925, a jovem Gwendolyn Hooper parte de navio da Escócia para se encontrar com seu marido, Laurence, no exótico Ceilão, do outro lado do mundo. Recém-casados e apaixonados, eles são a definição do casal aristocrático perfeito: a bela dama britânica e o proprietário de uma das fazendas de chás mais prósperas do império.

Mas ao chegar à mansão na paradisíaca propriedade Hooper, nada é como Gwendolyn imaginava: os funcionários parecem rancorosos e calados, e os vizinhos, traiçoeiros. Seu marido, apesar de afetuoso, demonstra guardar segredos sombrios do passado e recusa-se a conversar sobre certos assuntos.

4
Média: 4.00 (2 votos)

Publicado primeiramente em 1887 no formato de folhetim, A relíquia é uma das obras mais celebradas de Eça de Queiroz (1845-1900), um dos maiores nomes da literatura em língua portuguesa de todos os tempos. Este romance consiste nas memórias fictícias de um certo Teodorico Raposo, o protagonista da história. Órfão de pai e mãe, ele foi criado por Dona Patrocínio, uma tia beatíssima e solteirona. Desde pequeno, Teodorico aprende a arte do fingimento e da adulação, e passa a levar uma vida dupla: diante da tia, um beato temente a Deus; longe dela, um libertino que se entrega a uma existência dissoluta. Na expectativa de tornar-se herdeiro da rica senhora, aceita fazer uma viagem de romaria a Jerusalém, a Terra Santa, onde tem início a desgraça do nosso picaresco protagonista.

3.5
Média: 3.50 (2 votos)

Aléxis Zorbás é uma das personagens mais marcantes que a literatura já produziu. Tão forte sua presença que, para o grande público, Zorbás supera seu autor, Nikos Kazantzákis, o mais importante autor grego do sec. XX. Contribuiu para o mitificação da personagem a transposição para o cinema de Vida e Proezas de Aléxis Zorbás, com o nome de Zorba, o Grego (1964). Das raras obras em que o cinema se iguala à literatura, seu sucesso fez com que o livro fosse relançado mundo afora com o título do filme. Kazantzákis, morto em 1957, não chegou a ver a dimensão que seu Zorbás atingiria.

3
Média: 3.00 (1 voto)

Em Já podeis da pátria filhos, Ubaldo subverte a gramática tradicional para falar de pescadores exagerados, festas de debutantes, turistas assanhadas, meninos brincando de médico, políticos corruptos e amantes do futebol que não descartam uma ou outra safadeza para vencer uma partida.

3
Média: 3.00 (2 votos)
Uma história ainda pouco conhecida, contada pelas próprias personagens: as incríveis aventuras das soldadas soviéticas que lutaram durante a Segunda Guerra Mundial.
4
Média: 4.00 (2 votos)

“Da França de 1873 ao Chile de 1973, da filoxera a Pinochet, o romancista narra a saga de uma família dividida entre duas culturas e duas línguas, e atingida por duas guerras mundiais. Mágico.”
Le Figaro

3
Média: 3.00 (2 votos)

Tudo é rio é o livro de estreia de Carla Madeira. Com uma narrativa madura, precisa e ao mesmo tempo delicada e poética, o romance narra a história do casal Dalva e Venâncio, que tem a vida transformada após uma perda trágica, resultado do ciúme doentio do marido, e de Lucy, a prostituta mais depravada e cobiçada da cidade, que entra no caminho deles, formando um triângulo amoroso.

4.5
Média: 4.50 (2 votos)
Romance histórico sobre a arrebatadora história de amor entre Oswald de Andrade e a normalista Miss Cyclone em uma garçonnière no centro da moderna São Paulo do início do século XX.
4
Média: 4.00 (1 voto)

Fraülein, a professora de amor, é uma personagem marcante da Literatura. Uma heroína independente em um mundo masculino. Nesta história de sedução de um adolescente por uma mulher madura, Mário de Andrade capta como poucos os mistérios da alma feminina. Em Amar, verbo intransitivo – IDÍLIO, a alemã se ocupa da instrução dos filhos dos Sousa Costa. A pele rosada, os olhos pouco profundos, a mecha de cabelo loiro presa cem vezes e que torna a cair despertam, aos poucos, o desejo de Carlos. Logo, o menino se vê aprisionado por um sentimento para além do pouco interesse pelas aulas de alemão. O enredo arrancou aplausos de modernistas e críticas de conservadores em 1927.

4.2
Média: 4.20 (5 votos)

Um dos romances moçambicanos mais renomados do século XX, de autoria da vencedora do Prêmio Camões 2021.

2.666665
Média: 2.67 (3 votos)

No calor de um subúrbio carioca, um garoto cresce em meio a partidas de futebol, conversas sobre terreiros e o passado de seu pai, um médico na década de 1970. Na adolescência, ele recebe em casa um menino apadrinhado de seu pai, que morre tempos depois num episódio de agressão. O garoto cresce e esse passado o assombra diariamente, ditando os rumos de sua vida. Essa história, aparentemente banal, e desenvolvida com maestria ficcional e grandeza quase machadiana por Victor Heringer. Dono de uma prosa fluente e maleável, além de uma visão derrisória da vida, o autor demonstra pleno domínio na construção de cenas e personagens. E emociona o leitor com sua delicada percepção da realidade.

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